domingo, 8 de dezembro de 2013

7°Capitulo: Adorável Magnata



                                                Demorou mais voltou, certo?! :)
Comentem muito, please! :))
Leiam -> Guilt Of An Interchange



Pedro Blanco acomodou outra caixa no porta-malas já lotado do carro da irma.

— Tem certeza de que não precisa de mais nada? Se quiser, posso amarrar o refrigerador aqui atras — brincou.

Lua fez-lhe uma careta.

— Engraçadinho. Parece muita coisa porque o carro e pequeno. Na verdade, vou levando

pouca bagagem, o suficiente para ficar em Yarrawong ate que Arthur encontre alguém agradavel e conveniente.

— Agradável a quem? Conveniente para que?

Para seu desconsolo, Lua enrubesceu.

— Agradável ao bebe, e conveniente para cuidar da garotinha, claro. O que lhe passou pela cabeça? Arthur Aguiar não esta interessado em mim do modo que você esta pensando. Ele notou que Marie simpatizou comigo e quer que eu cuide dela, provisoriamente.

Pedro não se convenceu. Estreitou os olhos e fitou a irma de modo curioso.

— Tem certeza de que ele não esta interessado em você? Afinal, você e uma mulher

muito bonita. Perdoe a insistência e as minhas suspeitas, mas eu não gosto de ver a minha irmãzinha deixando nossa casa para ir morar com um estranho.

— Vou trabalhar para ele, não morar com ele — Lua corrigiu o irmão, e abracou-o. — Agradeço-lhe pela preocupação, mas não corro perigo. Tenho vinte e cinco anos; alem

disso, procurei a organização para a qual Arthur Aguiar trabalha querendo obter informações sobre ele e trataram-me como se eu estivesse exigindo referencias para um deus.

— O que esse cara faz? -

— Esse cara é o Dr. Arthur Aguiar. Ele presta serviço de consultoria para o governo no campo de engenharia acústica. A maior parte do seu trabalho e confidencial. Parece que tem a ver com medidas para neutralizar a espionagem militar e industrial.

— Maninha… acho que esta gostando do bom doutor.

— E claro que não.

As palavras de Lua não soaram convincentes nem para os próprios ouvidos.

Quando dirigia na rodovia Calder, rumo as montanhas Macedon, chamadas as “montanhas de ouro”, por causa das jazidas nelas encontradas, não se sentiu influenciada pela beleza da paisagem. Tentou convencer-se de que não lhe interessava saber se Roberta e Arthur tinham feito as pazes. Tudo o que importava era Marie. Conseguiu sorrir ao pensar no bebe.

Yarrawong era cercada pelas montanhas e as florestas das espetaculares Terras Altas Centrais da Austrália, possui-a fontes de água mineral e matas com arvores de madeira nobre. No passado, fora abrigo de bandoleiros, mas era atualmente um lugar de paz e quietude, um paraíso. No momento, era tudo o que ela desejava. Não poderia dizer se teria a paz de que tanto precisava, caso encontrasse Roberta Sinden com Arthur

Ela passou com o carro pelo alto e imponente portão de ferro batido e seguiu pela avenida de carvalhos ate a grande casa em estilo colonial, cercada de eucaliptos, acácias, uma enorme figueira e belas aroeiras. Apesar da apreensão, Lua sentiu um contentamento invadi-la e começou a cantarolar baixinho.

Mal tocou a campainha a porta abriu-se e Arthur apareceu para recebê-la com Marie nos bracos. Ao vê-lo Lua sentiu todo o corpo vibrar, por mais que ela quisesse controlar-se e manter-se indiferente aquela figura tão máscula.

— Entre, entre — ele convidou-a, enquanto Marie balbuciava algo na sua linguagem, demonstrando grande alegria. — Sinta-se em casa, depois você cuida da bagagem.
Iria sentir-se em casa, naturalmente. Com Roberta ou sem Roberta, teria prazer de ficar ali por algum tempo Lua pensou, decidida. Tinha certeza de que voltaria para Melbourne parecendo outra mulher.

Seguiu Arthur prestando atenção aos cômodos por onde iam passando. Reconheceu que não vira nem metade da linda casa quando ali estivera.

— Você esta tendo outra impressão deste velho prédio, agora que conhece os cômodos

da frente, não? — ele perguntou, como se tivesse adivinhado o pensamento dela.

— Sim. Alem de linda e grande, é uma casa majestosa. Sua família sempre morou aqui?

— Meu bisavó construiu a casa na década de 1860. Ele era policial e ajudava a manter a ordem nas minas de ouro, mas também tinha o direito de trabalhar em uma das minas nas horas de folga. Certo dia um oficial do governo caiu no poco do elevador da mina, que estava inundada, e meu bisavó conseguiu salvá-lo. Como recompensa, ganhou toda esta área. Desde então minha família tem morado aqui. Meu irmão Micael, pai de Marie, sendo o filho mais velho, herdou a propriedade; achou a casa grande demais e pensou em transformá-la em uma pousada para turistas. Daria certo, pois minha cunhada, Sophia, era experiente como chef.

A voz dele alterou-se e Lua notou que as lembranças faziam-no sofrer.

Compreendeu o que ele estava sentindo, pois sabia avaliar muito bem como doía perder alguém ou perder um sonho. Antes que ela pudesse pensar nas palavras certas que servissem de conforto, a porta de acesso a cozinha abriu-se e uma moca apareceu diante deles.

0 comentários:

Postar um comentário