44° e 45° Capitulo de: O vizinho do lado.

Olá, amores espero que gostem dos capítulos e comentem muito ! :)

- Acho melhor não. - ela disse com a respiração acelerada.
Arthur era sexy, porem molhado, fazia até com que uma freira tivesse sonhos eróticos.
- Vai me dizer que é verdade a história do medo de água ?! - seu sorriso era zombeteiro
- O que achou que fosse ? - ela perguntou arqueando as sobrancelhas
- Uma desculpa para não entrar na piscina, porem agora, esta de biquini, pensei que fosse entrar.
- Pensou errado. - ela o cortou e perguntou enquanto ele revirava os olhos – O que você e Mika conversaram ?
- Como sabe que conversamos ?
- Porque ele saiu daqui disposto a lhe chutar até a morte, e voltou sendo o seu melhor amigo. - ela disse irônica e Arthur atirou o pescoço para trás enquanto soltava uma graciosa gargalhada
- Eu só disse a ele a verdade. - disse por fim
- Que verdade ? - ela perguntou curiosa
- Esta curiosa ? - ela assentiu – Então faremos um trato. - ele propôs com o olhar carregado de malicia – Você entra na piscina, e eu te conto o que disse para ele.
- Porque eu tenho que entrar na piscina ? - ela perguntou sentindo um arrepio que começava no pé e subia até o ultimo fio de cabelo.
Nunca entenderá direito porque esse panico de recipientes que acumulavam água, e que tinham mais de um metro.
- É um trato. Você entra e eu te conto .
- Você vai me deixar morrer afogada. - ela disse com a garganta seca e sem nenhum humor na voz
- Arrisque-se. - ele a desafiou – Duvido que entre.
Ele sabia que ela nunca resistiria a um desafio, ainda mais quanta sua curiosidade também estava em jogo.
- Ora seu … - ela terminou o xingamento mentalmente – Faça a volta, vamos ficar daquele lado. - ela apontou onde a piscina parecia ser menos alta
- Negativo, você fica deste lado. - ele alertou
- Porque ? - ela disse quase gritando – Você que é alto, esta com a água pelo pescoço, se eu entrar aqui, na certa vou molhar meu cabelo e morrer afogada.
- O cabelo você seca depois, e eu não vou te deixar morrer. - ele continuava com o maldito sorriso zombeteiro – Sabia que não tinha coragem.
- Esta me desafiando ? - ela perguntou incrédula
- Se você quer que eu coloque as coisas assim … Sim. Eu estou te desafiando a entrar na piscina Lua Maria.
Ele quase podia ver as chamas de ódio e raiva que saiam do olhar de Lua. E por incrível que pareça ela conseguia ser ainda mais bonita assim.
Com um movimentos rápido ela ficou de pé e prendeu o cabelo com um coque, que mais parecia um nó. Sentou-se na beira da piscina molhando os pés e constatando que a água estava fria, quando estava prestes e cair dentro da piscina encarrou-lhe com o olhar severo :
- Vai me ajudar ou vai ficar olhando eu me afogar sozinha ? - ele sorriu enquanto ela continuava brava – Saiba que estou gravida de um filho seu, e se me assustar, vai assustar ele, se me afogar … - ele a interrompeu
- Vou afogar ele, acho que intendi. Venha. 
Com delicadeza Arthur lhe segurou pela cintura enquanto ela apoiava ambas as mãos em seus ombros molhados e ele a descia. Um dos seios de Lua roçou-lhe a cabeça, lhe atiçando novamente a ereção. 
Ela abriu a boca e fechou os olhos, respirando apressadamente pela boca anunciou :
- Essa água tá gelada, droga ! - reclamou.
Seus pés enfim tocaram o chão mas as mãos de Arthur ainda lhe seguravam pela cintura, ela abriu os olhos e depois de cinco segundos falou;
- Eu que fique gigantescamente maior, eu você esta acocado ?
Ele sorriu diante ao comentário e endireitou o corpo voltando a ficar alto.
Agora a água batia no pescoço de Lua e um pouco mais abaixo dos ombros dele.
- Tudo voltou ao normal. - ela disse sorrindo.
Ela podia jurar que via puro e somente desejo nos olhos de Arthur …
Idiotice ! - disse a si mesma. 
Seu semblante voltou a ficar serio e ela corou 
– Então o que você falou com meu irmão ?
- Sabia que fica ainda mais bonita quando esta brava ou com vergonha ?
Ela foi pega de surpresa. Não esperava ser elogiada.
Neste momento se sentia acuada. 

- Obrigado. - ela disse com dificuldade – Mas não tente mudar de assunto. E sobre meu irmão ? - ela disse tentando parecer brava
- Ele me disse sobre isso. - ele sorriu largamente
- Sobre o que ?
- Quando esta acuada, você fica na defensiva.
E então ele a puxou para si, fazendo seus seios prensarem contra seu tórax, e os rostos ficarem próximos. Ela entre abriu a boca, enquanto sentia Arthur lhe acariciar a cintura e tentar ler sua alma através do olhar.
Sua pernas ficaram bambas e ela arregalou os olhos. Não sabia o que dizer e não tinha nem vontade, nem forças para interromper o contato.
- Quer saber o que mais conversamos ? - ela assentiu se sentindo uma estupida – E o que quer saber ? - ele perguntou colando seus narizes sem deixar de olhá-la.
- Tudo. - sua voz não passou de uma sussurro
- Bom, vejamos … - ele disse sorrindo e então lhe disse no ouvido – Ele perguntou quais as minhas intenções com você.
Naquele momento era como se nada mais existisse. Como se o único barulho a um raio de quilômetros fosse apenas a voz Arthur que lhe falava ao ouvido.

O murmurio de vocês foi diminuindo até chegar a zero, e ela se perguntou se ele podia ouvir os batimentos descontrolados de seu coração, que parecia querer sair correndo e deixá-la sozinha.
Juntando todo o resto de voz que lhe sobrará ela perguntou :

- E o que você respondeu ?
- A verdade. - ele disse lhe mordendo o nódulo da orelha – Que você é maravilhosa, que gosta de Lola, que você é perfeita. Que esta carregando o melhor presente que poderia receber e que você não me quer. - ele sorriu amargamente
Ela se sentiu culpada. Não sabia porque mais estava se sentindo extremamente culpada.
- Lua ? - ele perguntou se afastando para encará-la – Você ficaria muito brava se eu a beijasse agora ?
Ela sentiu a boca seca enquanto Arthur a olhava nos olhos. Ele realmente esperava uma resposta. Ela balançou a cabeça em sinal de negação e um brilho diferente se apossou do olhos dele e as mãos que até agora estavam em sua cintura desceram até suas nádegas as apertando gentilmente e as puxando mais para perto fazendo Lua sentir a ereção de Arthur chocar-se contra seu ventre :
- Veja o que faz comigo Lua, - ele lhe deu um rápido beijo no canto da boca, fazendo o desejo queimar dentro de ambos – Você me deixa louco. - ele a acusou e então ele colou seus lábios no dela.
Com um toque sensual a língua dele traçou uma linha em seus lábios pedindo passagem. Sem pensar duas vezes, elas os abriu acolhendo-o com sua língua faminta, enquanto suas mãos lhe apertavam com força os braços por baixo d`água.
Suas língua se encontraram em sincronia perfeita, e então ela mordeu-lhe o lábio inferior o puxando para si, e voltando a beijá-lo com ardor.
Sentiu suas costas baterem em algo gelado, o qual identificou como sendo a borda da piscina, mas não se deu ao trabalho de abrir os olhos para ver o que era.
Então como se por instinto , ela passou as pernas ao redor de Arthur e ele pressionou com força sua ereção nela a fazendo gemer. Quando sentiu a mão de Arthur lhe acariciando a feminilidade por cima do biquini, ela se lembrou ;
- Arthur, sua família. - disse entre o beijo e ele pelo jeito também havia se esquecido deste “pequeno” detalhe por ficou estático no mesmo momento.
Ela afundou o rosto no ombro dele, sentindo mais do nunca em toda sua vida as faces arderem. Sentiu ele dar uma pequena virada no pescoço e então ele lhe alertou com voz rouca :
- Os irmãos J acabaram de ver o nosso beijo, - ele disse ofegante – dentro de alguns minutos toda a família Aguiar também ficara sabendo, e pensaram que somos o casal mais apaixonado do mundo. - disse com um sorriso malicioso no rosto
Ela não intendeu se ele estava sendo irônico ou …. irônico. Ele estava sendo irônico ?!
- O que quer dizer com isso ? - ela perguntou confusa tirando as pernas do redor dele e dando um passo para o lado, estabelecendo uma distancia considerável.

45°

- Bom nós quase fizemos amor na piscina e acho que já razão o suficiente para que eles acharem e pensarem o quanto nós gostamos e … - ela o interrompeu
- Para eles acharem e pensarem o quanto nos gostamos ? - ela repetiu seria
- Sim. - ele confirmou sorrindo
“ Idiota, burra, songa-monga, trouxa …. “ - uma voz irritante gritava na cabeça de Lua.
Todo aquele papo de “você me deixa louco” , “e posso te beijar” era apenas para mostrar para a importante família Aguiar que eles supostamente estavam apaixonados … ?
“ Idiota, burra, songa-monga, trouxa …. “ - a voz irritante recomeçou quando não achou mais xingamentos adequados.
Só havia uma explicação :
Ela havia sido usada por ele, para impressionar a família.
- Tudo bem com você ? - ele perguntou dando um passo para frente enquanto ela dava dois para trás
- Agora que me beijou, - ela anunciou - acho que fiquei mais brava do que pensei que ficaria.
- Do que esta falando ? - ele quis saber
- Ei Jany e Eddy. - ela gritou interrompendo o beijo dos dois – Podem me ajudar a sair da piscina ?
- Claro. - os dois responderam de prontidão
- O que esta fazendo ? - Arthur perguntou de novo enquanto Eddy saia da piscina para poder puxar Lua – Eu posso te ajudar se você … - ela o interrompeu
- Não quero a sua ajuda. - agarrada a mão de Eddy, e com um empurrão de Jany, ela saiu da piscina pisando firme.

- Eh, primo Idiota, - Jany o provocou – A briga foi feia.
- Não teve briga. - Arthur disse visivelmente confuso
- Ei cara relaxa, - Eddy disse já dentro da piscina novamente – mulher é assim mesmo.
Jany lhe deu um tapa forte no braço e ele se desculpou :
- Acho que vou atras dela. - Arthur disse coçando o queixo
- Se ela esta realmente brava com você não faça isso. - Jany o alertou – Nós mulheres sempre ficamos tentadas a matar o primeiro idiota que cruzar na nossa frente. - Arthur a encarou serio e ela sorriu – Não quis dizer especificamente idiota você, quis dizer idiota qualquer um.
- Muito obrigado. - Arthur disse irônico saindo da piscina.
Afinal o que havia acontecido ?
Teria ela ficado com vergonha depois que ele disse que toda a família ficaria sabendo do quase sexo na piscina ?
Respirou fundo, olhando ao redor para tentar encontrá-la.
- Papai, quem esta procurando ? - Lola perguntou sorrindo
- Viu a Lua, princesa ?
- Vi ela saindo da piscina brava e tia Any a seguindo para dentro da casa.
- Obrigado princesa.
Ótimo. Como se só a Lua não fosse o bastante, agora teria que enfrenta a ira da loira raivosa.
Adentrou a casa em busca de uma das duas e sua mãe o parou :
- O que houve com Lua ? Ela esta passando mal ?
- Não sei, porque ?
- Passou correndo por aqui junto com aquela menina simpática e loira, e me disse que teria que ir embora.
- Ir embora como ? - ele perguntou lembrando-se de que ela não viera com o próprio carro.
- Como assim filho ? Com o seu carro, eu entreguei a chave, a carteira e o celular a ela, que você havia me pedido pra guardar antes do jogo de basquete.
- Ela não fez isso … - ele sussurrou correndo até a janela a tempo de ver seu carro arrancar e Sophia gritar um “espere” desesperada.

- Porque ela foi embora ? E ainda por cima furtando o meu carro - Arthur perguntou a Sophia que estava preocupada no meio da rua vendo o carro sumir.
- Eu não sei. - ela disse nervosa – Vocês brigaram ?
- Não foi bem uma briga, nós … - Sophia começou a bater em seus braços – Ei ! - ele disse se esquivando – O que eu te fiz ?
- Como você briga com ela ? Como, me diz ? Não sabe que ela esta grávida ? Esta sensível. Mas que droga. - ela gritou – Homens não prestam pra nada mesmo.
- Sabe se ela foi pra casa ? - ele perguntou ignorando o chilique dela
- Não ela foi pro cabaré. - Sophia gritou sem paciência – Eu acho bom, ela chegar sem um arranhão tá me ouvindo garoto ? - ela apontava o dedo indicador para o seu nariz – Porque se ela tiver um arranhão, a culpa a sua. - a loira avisou o deixando sozinho e planto no meio da rua
- O que houve ? - a voz de Melanie vinha de trás dele, mas ele não se virou
- Homens Mel, foi isso que houve.
- O que você fez ? - Melanie perguntou colocando a mão em cima do seu ombro
- Eu não sei. - ele disse erguendo as mãos para o céu – Ela … tá loca.
- Não ela tá gravida, e eu acho bom você ir atras dela. Para o bem dela e do seu filho.
- E eu vou como ? Correndo ? - ele perguntou irônico
- Eu realmente não deveria fazer isso, mas se tratando de uma emergência de auto calão, pegue a chave do meu carro. Depois peço pro Chay me levar.
Os olhos dele brilharam e ele lhe deu um beijo na bochecha
- Não me agradeça ainda. - ela o alertou – tem uma copia da chave de Lua no chaveiro rosa, dentro do porta luvas. Agora vá.
Ele lhe beijou novamente antes de sair com o carro.
Ela teria que explicar direitinho o motivo da coisa toda.
Nunca em toda a sua vida, ele se sentiu tão culpado. 
E se Lua estivesse chorando ?
E se ela estivesse magoada ?
E se nunca mais quisesse vê-lo ?
E se Lua perdesse o controle do carro ?
E se ela batesse contra uma arvore ou algo do tipo ?
E se Lua perdesse o bebê ?
O céus ! Eram tantas hipóteses que ele parou de pensar e afundou o pé até o velocímetro marcar 80km/hr.... e continuar subindo.
Identificou seu carro a alguns muitos metros de distância.
Ele a alcançaria, e então ela estaria perdida. 
Completamente perdida !
O sinal ficou vermelho e ele viu seu carro se afastar ...e se afastar ….
Uma buzina lhe tirou dos devaneios pra alertá-lo que o sinal finalmente ficará verde, e ele arrancou.
Pegou mais três sinais vermelhos pelo caminho até avistar seu carro estacionado em frente a casa dela.
Estacionou o carro de qualquer jeito no meio—fio e abriu o porta luvas pegando a tal chave que Melanie tinha falado.
Desceu do carro com tanta pressa que quase esqueceu de trancá-lo. Ainda estava apenas de bermuda e molhado, mas não se importava com isso.
Analisou as chaves e pela marca, logo na primeira tentativa pegou a chave certa, destrancando a porta e a abrindo com tamanha força que a maçaneta quase ficou em sua mão.
- O que …... ? - a voz de Lua no corredor, fez seus olhos correrem e encontrarem os dela.
Ela tinha os olhos vermelhos e ainda estava de biquini, porem sua expressão era de susto … talvez medo. 
- Ai esta você . - ele disse com a raiva gotejando do olhar e das palavras 
Ela estava perdida …. !
Completamente perdida.