29°, 30° e 31° Capitulo : O Vizinho do lado

                                    

                                              Amoores, quuanto tempo hein... hehe'

                                               Psé, motivos de eu n ter postado tds

           estes dias são...Internet horrível e essa semana foi uma semana puxada, na escola ! :\\

        Háá, e por falar em escola, amanhã começam as minhas, então, essa semana vai ser mais difícil pra mim postar, mais vou tentar... ! 

                             Háááá, vcs comentaram mtt, né? Bgd amrs, tô, mt feliz ! :))

                                         Até a próxima web amrs !

# Flashback ;

Lua acordou com um raio de sol dançando em seu rosto, pela pequena fresta da cortina. Encontrou-se abraçada a um travesseiro e nua. Sorriu.
Que loucura . - ela pensou se espreguiçando.
Onde estava Arthur ? O cheiro de bacon frito, inundou suas narinas, automaticamente lhe respondendo a pergunta.
Catou as roupas com pressa e as vestiu com rapidez.
Não sabia o que dizer, não sabia o que ele iria dizer. Só sabia que não se arrependia da noite anterior.
Talvez, ela e Arthur dessem certo. Talvez, ela pudesse mudar seus planos, uma vez na vida. Ou poderia fazer novos planos também.
Ouviu o telefone tocar, mas não ligou. Sua cabeça girava em torno de Arthur, e com um sorriso gigante ela foi até a cozinha. Sorriu ao ver os bacons, as torradas e o café, todos, em cima de uma bandeja. Se soubesse havia esperado o café na cama, e não estragaria a surpresa de Arthur.
Foi procurá-lo, e ouviu sua voz ao telefone. Parou em frente a porta da sala, o admirando. Estava apenas de calção e sem camisa, de costas para ela. Sorriu mais largamente e se escorou na soleira da porta, dizendo a si mesma, que não estava fazendo o mesmo que Lola, ouvindo conversas de Arthur ao telefone. Ela estava apenas o admirando. Seu olhar correu pelo corpo bem definido, até que as palavras de Arthur chamaram sua atenção ;
- […] Não sei, acho que pode cancelar os serviços dela. Dou um jeito por aqui.- ele fez uma pausa - Lua sabe lidar com Lola, e cuida muito bem dela, por sinal. - e então, o sorriso de Lua morreu - Não, eu não preciso mais contratar uma babá. - ele riu divertido e Lua sentiu a visão nublar enquanto as lagrimas se apossavam de seus olhos – Tchau, eu te amo, nos vemos em breve, assim que eu resolver as coisas por aqui. […]
E então ele virou-se, paralisou e sorriu.
- Lúúh, você acordou. Fiz o café da manhã. - ele atravessou a sala parando a um passo de distância dela. - O que foi ? - ele perguntou levantando a mão para tocá-la.
Ela desviou e retrocedeu. Naquele momento, Lua se sentia o animal mais idiota que poderia existir. Enquanto ela cogitava mudar seus planos, e dar uma chance para Arthur, ele só estava em busca de uma baba para a sua filha ? Alguém que cuidasse bem de Lola e transasse com ele sem cobrar nada ?
[…] Tchau, eu te amo, nos vemos em breve, assim que eu resolver as coisas por aqui. […] - as palavras ecoaram na cabeça dela.
Ela seria essas “coisas” que ele teria que resolver ? E quem ele amava afinal ?
Se sentia usada … humilhada e juntando todo o resto de dignidade que tinha ela conseguiu falar :
- Você poderia ter me pedido para cuidar de Lola durante a manhã, não precisava ter me levado pra a cama para conseguir isso. - ela disse no tom mais frio que conseguiu
- Do que diabos você esta falando ?


# Fim do Flashback ;





- Do que diabos você esta falando Lua Maria ? - ele perguntou novamente ofendido, quase gritando
- Do que você estava falando ! - ela explodiu gritando e chorando – Acha que eu não ouvi ?
- Ouviu o que ? Por Deus ! - ele disse tentando se controlar ao ver ela chorando
- O que você falou no telefone ! - ela gritou
- A quanto tempo estava ai ? - ele perguntou franzindo o cenho
- Tempo suficiente pra você dizer a sua amada, que eu cuido bem de Lola e que você não precisa mais de uma babá !
Ela achava que ele a teria levado para a cama porque precisa de alguém para cuidar de Lola ?!
Ele não sabia se ficava chocado ou indignado.
Se fosse em outra ocasião ele com certeza teria gargalhado de tal ideia absurda que ela estava tendo, porem agora, vendo-a chorar, e realmente acreditar que ele faria isto com ela, a única coisa que conseguiu fazer foi ficar quieto vendo-a soluçar.

O silencio tornou-se tenso e pesado, e só terminou quando Lua se dirigiu a porta :
- Lúúh, espera vamos conversar, você entendeu tudo errado, - ele a segurou pelo braço - era a minha mãe no telefone !
- Pouco me import … - ela se interrompeu e o olhou nos olhos – Era a sua mãe ? - sua voz era quase um sussurro.
- Sim. - ele disse afrouxando mais a mão no braço dela, porem sem interromper contato. - Se quiser ligue para ela e confirme. - ela pareceu não acreditar - Era ela eu juro.
- Isso não explica o que você falou. - ela rebateu se sentindo estupida
- Olha, esqueça o que falei tudo bem ? Isso tudo é uma grande confusão.
Ele tentou acariciar-lhe os cabelos mais ela se esquivou secando o rosto.
- Acho melhor eu ir para a casa. - ela disse indiferente
- E eu acho que temos que conversar. - ele rebateu estressado. Ela suspirou sem paciência e ele continuou – O que aconteceu ontem foi ..bom. - ele disse inseguro – Lola gosta tanto de você, e você lida muito bem com ela. Vocês são tão parecidas... - ele disse sorrindo torto
- E …. - ela fez sinal para que ele continua-se, ele arqueou as sobrancelhas sem entender - O que você esta querendo dizer ? - o tom de voz dela era ríspido
- Que deveríamos tentar. Você poderia me dar uma chance. - ele disse tentando tocá-la de novo. Ela recuou balançando as mãos no ar.
- Artur, deixe-me ver se entendi. Você acha que devo te dar uma chance, porque somos bons juntos na cama e porque eu cuido e gosto da sua filha ? - ele assentiu – Então o que eu escutei no telefone não foi nenhuma confusão ! - ele revirou os olhos impaciente e ela continuou – O que você quer mesmo é uma mulher que cuide de sua filha e transe com você, é isto ?
- Não Lua, não é isso … - ela o interrompeu
- É claro que é !
- Não é caramba ! - ele gritou
- Então me explique Arthur. - ela disse baixo – Me explique direito porque hoje eu acordei disposta a mudar todos os meus malditos planos incluindo você em cada um deles, acordei disposta a quebrar minha promessa, e o que recebi até agora foi a certeza de que eu sou uma completa idiota, porque na verdade o que você quer é uma baba pra sua filha. 
- Não é ass .. - ela o interrompeu
- É assim, sim . - ela gritou - Até agora eu não vi você falando que quer uma chance porque gosta de mim, só você falando que quer uma chance porque eu e sua filha nos damos bem. 
Novamente ela sentiu os olhos lagrimejarem e a pequena lagrima correr pela sua face. Arthur permanecia estático, digerindo cada palavras que ela havia dito.

                                                                30°

Arthur sentiu o coração ser arrancado do peito. Ela estava disposta a mudar os malditos planos, e ele fora tolo, imbecil e idiota. 
A expressão de dor era evidente no semblante de ambos. 
- Luaa .. - ela o interrompeu
- Não fale nada. - ela respirou fundo e falou em tom casual – Eu acho melhor, esquecermos toda essa confusão.
- Não tem como, nós .. - ela voltou a interrompê-lo
- Bom, eu não sei quanto a você, mas eu vou agir como se nada tivesse acontecido. Só peço que faça o mesmo. Tchau Thur. - disse se virando para sair mas ele voltou a segurá-la pelo braço.
- Vamos conversar, por favor. - ele pediu em tom baixo ela nada fez a não ser olhar com reprovação para a mão que apertava seu braço. Arthur suspirou vencido e lhe soltou. 
- Tchau. - ela disse virando, saindo da casa e batendo a porta com força desnecessária. 
- Droga, droga, droga ! - ele repetia sem parar socando o vento ao seu redor com raiva.
A expressão triste nos grandes e lindos olhos de Lua, deram a ele a pior experiência de toda a sua vida. 
Sentiu os olhos molharem e antes que uma lagrima escapasse das pálpebras ele esfregou os olhos, e socou a parede. O impacto foi forte e dor aguda e instantânea, porem, não chegava a um terço da dor que seu coração sentia.


Lua entrou em casa lutando com a vontade de chorar.
Melanie já estava acordada e preparava o café usando uma blusa larga e velha, além de um shorts de Lua. Quando viu quem acabara de entrar um sorriso gigantesco tomou conta do seu rosto, mostrando a carreira de dentes brancos.
- Então, - ela começou – como foi a noite ? Aproveitou bastante ?
- É . - Lua disse limpando a garganta
- Então … - Mel disse ainda sorrindo – Como ficou as coisas entre você e o Arthur. Já posso escolher o vestido para o casamento ?
Lua nada respondeu, apenas correu até ela e a abraçou. E então as lagrimas que ela tanto lutará para conter começaram a cair em demasiado.
- O que houve ? - Melanie quis saber enquanto retribuía o abraço
Quatro batidas apressadas na porta foram ouvidas. Lua se afastou bruscamente e implorou para Melanie :
- Diga que eu não estou ! Não o deixe entrar …
- Ele quem ? Arthur ? - Melanie cochichava enquanto novas batidas na porta eram ouvidas – Porque ? - preocupada
- Diga que eu morri Mel. Que eu morri ! - ela disse enquanto sumia no corredor.
Melanie respirou fundo assustada e foi até a porta, abrindo-a com o olhar bravo. Arthur estava perdido.
A mão delicada parou no ar a poucos sentimentos do rosto de Mel que arqueou as sobrancelhas surpresa.
- Desculpe, achei que Lua morava a... - a loira parou de falar a olhando dos pés a cabeça - Ei, essas roupas são de Lua ! Quem é você ? - a pequena loira parecia brava. Juntando o resto de paciência que lhe restava Mel perguntou respirando fundo :
- Melanie Fronckowiak, e você ? - a loira abriu um sorriso angelical e abriu os abraços se jogando sobre Mel, lhe abraçando – Ei ! - Melanie a empurrou – Quem é você ?
- Oh, desculpe. - a loira sorriu envergonhada – Você deve estar me achando louca não é Mel ?
- Eu conheço você ?
- Sim.. não. Bom, só por telefone. - a loira tirou os óculos de sol mostrando o par de alhos azuis 
- Soft ? - a voz aguda e chorosa de Lua ecoou
- Soft ? - Mel repetiu envergonhada – Oh, desculpe !
- Tudo bem. - elas trocaram um abraço carinhoso – Lua ? - ela disse entrando enquanto Mel fechava a porta.
Lua apareceu no corredor e Sophia percebeu seus olhos vermelhos :
- O que houve ? - Sophia perguntou preocupada
- Oh Soft que saudades ! - Lua disse lhe abraçando forte – Venha, vamos nós sentar. - puxou Sophia pela mão, e fez sinal para que Amiga se juntasse a elas. - Então, o que te trás aqui ? - Lua disse esfregando os olhos e sorrindo – Algo de errado com o livro ?
- Não. É que … bom, estava passando aqui por perto e pensei, - a loira disse mexendo nos cabelos - como será que a Luuh esta ?! E, bom cá estou. - Lua arqueou as sobrancelhas ainda sorrindo
- Serio Soft, porque está aqui ?
- Oh, - a loira riu olhando para Melanie que parecia radiante – quem eu estou querendo enganar não é verdade ? - Lua assentiu abraçando os próprios joelhos - Bom, digamos que olhei na minha bola de cristal, e vi você indo para a casa do vizinho do lado.. - Lua ficou séria e a interrompeu
- O nome da sua bola de cristal é Melanie ? - Mel fez uma careta
- A questão aqui mocinha, - Sophia disse mudando de assunto – é que você vai me contar tudo o que aconteceu. Prometo não contar pro Micael. - ela disse com os olhos brilhantes de curiosidade – Então ? - ela perguntou depois de um minuto de silencio – Rolou de … tudo ?

                                                            31°

- Eu não quero falar sobre isso. - Lua disse indiferente
- Como não ? - Mel perguntou ofendida – Querida, você foi pra lá de noite e só voltou de manhã, alguma coisa deve ter acontecido.
- E aconteceu ! - Lua rebateu brava – Nós transamos e hoje quando eu acordei, disposta a dar uma chance para … nós, ele estava no telefone falando pra mãe dele que não precisava mais de uma babá. - Lua explodiu, voltando a chorar – Disse que nós somos bons na cama e que eu me dou bem com a filha dele.
- Como é que é ? - Sophia disse se levantando e colocando as mãos na cintura – Esta querendo me dizer que ele te levou pra cama, para que você fosse ficar cuidando da menina ? - Lua assentiu em meio os soluços
- Não ! - Mel protestou – Arthur nunca faria isto. Alguma coisa deve estar errada nesta história. - Sophia pareceu confusa e Lua continuou :
- Não tem nada de errado nesta história Mel ! - disse com a respiração entrecortada pelos soluços – Ele me pediu um chance, mas em nenhum momento disse que me adora, ou que me amava, ou que eu era legal, só soube dizer que eu me dava bem com Lola e que a noite passada foi boa. Ele que uma babá que transe com ele, e eu não estou disposta a ser isto ! - rebateu sentindo as mãos tremerem de raiva
- Eu vou falar com Arthur. - Melanie anunciou se dirigindo até a porta
- Eu vou com você ! - disse Soft a seguindo
- Não ! - Lua gritou desesperada – Não quero nenhuma de vocês se metendo na minha vida ! - explodiu de raiva – Não sou nenhuma criança, tenho meus próprios planos, e vou segui-los.
- Lúúh, - Sophia disse calma – já conversamos sobre essa coisa de planos, isto não te leva a lugar nenhum.
- Claro que leva ! - Lua disse indignada se levantando do sofá – Se eu tivesse seguido os meus planos, não estava chorando e me sentindo tão pouca coisa agora. 
Mel e Sophia trocaram um olhar de pena e continuaram quietas.
- Lua ? - a voz vinha de trás dela
- Sim querida. - ela disse secando os olhos e se virando para a menina. Por um momento esqueceu, assim como Mel, que Lola poderia estar dormindo em seu quarto.
- Você conversou com o papai ? - a meninas perguntou abraçando mais o gato que dormia em seus braços
- Sim princesa. - Lua respondeu em um sussurro
- Ele vai chamar a mulher que abre cabeças ? - Sophia sorriu
- Acho não mais querida. - Lua sentiu a garganta ficar pequena e os olhos inundarem novamente – Agora venha e me de um abraço. - a menina a abraçou com força, esmagando o Bola de Pelos entre elas. 
- Quem é você ? - Lola perguntou olhando para Sophia que sorriu
- Sou Soft e você ?
- Lola. - a menina respondeu sorrindo
- Você é muito bonita Lola. - Sophia disse lhe acariciando os cabelos
- Obrigada. - a menina agradeceu corando 
A campainha tocou novamente e todas olharam para a porta.
- É ele ? - perguntou Sophia com os olhos azuis arregalados
- Acho que sim. - Lua tentou parecer indiferente – Lola, seu papai veio lhe buscar. - a menina sorriu
- Eu já estava com saudades dele.
- Que bom. - Lua forçou um sorriso – Agora me de um beijo. - A menina obedeceu sorrindo e correu para buscar a mala que havia trazido. 
A campainha tocou de novo impaciente. 
E por algum motivo, Lua não correu para se esconder no corredor desta vez. Muito pelo contrario, foi até a geladeira e encheu um copo de água, começando a bebericar. 
- Deixa que eu abro. - Mel se ofereceu
- Não, não. - Soft se intrometeu – Eu abro. A porta se abriu e ele começou a falar a parte que ensaiará :
- Olha, - ele dizia de olhos fechados – isso tudo foi um grande confusão e eu … - ele parou de falar quando abriu os olhos – Você não é a Lua. - protestou ao ver a loira parada a sua frente com as mãos na cintura e cara de brava
- Que bom que percebeu. - ela disse debochada
- Onde esta a Lua ? - ele disse espiando para dentro
- Ela não quer falar com você. - Sophia disse sendo sincera
- Você por acaso me conhece ? - ele perguntou debochado
- Sim. Você é Arthur, o vizinho, cara de pau, que mora ao lado. - ela disse com um pequeno sorriso
- Quem é você afinal ? - ele perguntou perdendo a paciência
- Sophia, minha cunhada. - Lua disse aparecendo na porta ajudando Lola com a mala
- Papai. - a menina gritou se atirando nos braços dele
- Oi pequena. - ele disse mais calmo abraçando a filha – Pode me dar cinco minutos para falar com a Lua ?
- Não temos o que falar. - Lua disse séria
- Você sabe que temos. - ele persistiu
- Não, nós não temos e ponto final. Tchau Lola, venha me ver quando quiser. - ela disse sumindo no corredor. Arthur fez menção de entrar e então Mel apareceu.
- Tchau Arthur. - ela disse ríspida
- Até você Mel ?
- Tchau Arthur. - ela disse devagar.
Ele bufou e pegando a mala de Lola saiu mal humorado, pelo jardim, enquanto Bola de Pelos, os seguia.
Isso não ficaria assim. Provaria para Lua Maria o quanto errado ela estava jogando, e mais, mostraria o que realmente sentia por ela. Provaria que ela era a mulher perfeita para ele.

- Custe o que custar. - ele pensou enquanto Lola começava a tagarelar.

                                             Por: Vitória Alves