Ele pigarreou.
— Pelo contrario. Esqueci-me de algo é esta pequena lady lembrou-me de que devo desculpar-me por ter sido rude. Eu estava com a cabeça quente.
A surpresa deixou Lua sem palavras por um momento. Quando se recuperou da surpresa, achou que devia ser honesta e falou:
— Em parte, mereci o que você disse. Reconheço que errei em não dizer desde o inicio o que eu pretendia.
— Mesmo assim, nada justifica a minha atitude groseira. Nem mesmo o extremo cansaço.
Diante da sinceridade dele, Lua sorriu.
— Compreendo. Sei o que e cuidar de bebes; tenho grande experiencia. Eles exigem praticamente todo o nosso tempo, a nossa atenção e o nosso amor. Não posso criticá-lo por dar tudo isso a Marie.
Rugas formaram-se na testa de Arthur.
— Você tem experiencia com bebes? Não cuida só da sua revista?
— Tenho cinco irmãos, sendo quatro deles bem mais novos do que eu. Ajudei meus pais a criá-los e atualmente trabalho como voluntaria em um abrigo para crianças, em Melbourne.
Arthurvoltou-se para a sobrinha e esfregou o nariz na orelhinha rosada, dizendo:
— Você tinha razão, Marie. Sabe que tem muita sabedoria para um bebe de dez meses?
A garotinha riu alto, pulou nos bracos do tio e balbuciou como de costume:
— Ah, ah, ah.
— Boa ideia, queridinha. Era nisso, exatamente, que eu estava pensando — Arthur confirmou, como se tivesse entendido o discurso da pequenina.
Admirada, Lua acompanhou aquela conversa unilateral. Achou o comportamento de Marie extraordinário. A menina parecia entender tudo o que o tio lhe dizia.
— E melhor eu ir. Obrigada pela compreensão. — Lua fez cocegas sob o queixo de
Marie. — Ate logo, pequenina. Foi muito bom conhecê-la.
— Por favor, não vá — Arthur pediu-lhe depressa, surpreso com a atitude dela. Com súbita empolgação, Lua achou que ele decidira conceder-lhe a entrevista.
Ouviu-o acrescentar:
— Se você ainda estiver interessada na historia da casa de bonecas, talvez possamos chegar a um acordo.
— Lamento, mas a entrevista não é tão importante assim.
Por uns segundos Arthur ficou confuso. Então, compreendendo qual era o receio dela, retrucou, zangado:
— Por Deus! Não é nada do que esta pensando. Quando eu falei em acordo nem sequer pensei no seu corpo. É verdade que Alice me deixou, mas não estou tão desesperado assim.
O modo de ele falar, em vez de tranquilizá-la, magoou-a.
— Bem, obrigada — replicou secamente. Notando sua falta de tato, Arthur tentou de novo:
— Eu não quis dizer que eu precisaria estar desesperado para interessar-me por você. Reconheço que você é linda e, pelo que vi hoje, é uma mulher com todas as qualidades para fazer um homem feliz. Mas isto nada tem a ver com um relacionamento entre nos. O que eu quero lhe propor e que me ajude a cuidar de Marie.
— Ah, você quer que eu seja uma baba?
— Se prefere usar esse termo… Em troca, eu lhe mostrarei a casa de bebe Aguar's. Então? Aceita o acordo?
— Você sabe me deixar confusa. Minutos atras estava ansioso para livrar-se de mim e agora me propõe ajudá-lo diariamente.
— Em tempo integral — ele reforçou. — Você passaria a morar aqui. E, por favor, não tire conclusões errôneas. Estou pensando no bem de Marie.
— Morar aqui? Não sei…
O que ela temia era viver o tempo todo sob o mesmo teto com um homem sexy como Arthur, que exercia sobre ela forte poder de atracão.
— Sera bem melhor você morar aqui, pois viajar todos os dias de Melbourne ate aqui
sera cansativo. A casa e grande e você terá seus próprios aposentos. Usara a suíte antes
ocupada por meu irmão e a esposa — Arthur explicou, tendo percebido a hesitação de Lua. — Alem disso, meu trabalho envolve clientes no mundo todo e é comum eu ficar ao computador ate altas horas. Com você aqui conseguirei descansar e dormir um pouco. Para você também sera vantagem morar na fazenda porque terá acesso livre a casa de bonecas. Pagarei muito bem pelos seus serviços.
Lua refletiu por um instante. O salario que ele mencionou era irrecusável; iria livrá-la das dificuldades financeiras por longo tempo. E poder publicar a historia da casa de bonecas Aguar's contava muito na sua decisão. Ainda assim, hesitou.
— Vamos, não sera um emprego permanente. Assim que eu encontrar uma pessoa de
confiança, você sera dispensada — Arthur argumentou. — Certamente você poderá deixar o abrigo por algum tempo, não?
— O abrigo não e problema. Sou voluntaria e só trabalho la quando é possível.
— Então? Qual e o problema?
Talvez fosse essa a maior loucura da sua vida, mas Lua viu-se aceitando a proposta.
— Negocio fechado.
Por hoje é só... se der amanhã posto mais! :))
1 comentários:
:D msm que ela não ta mais na equipe não deixa de postar a web não viu?
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